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Safra de Verão 2024/2025: perdas em decorrência de condições climáticas variáveis reforçam urgência por inovação e diversificação no campo

A colheita da safra de grãos de verão 2024/2025 se aproxima do fim - e, mais uma vez, o cenário deixa um alerta importante para o produtor rural: contar apenas com a sorte do clima não é mais uma estratégia viável no longo prazo.


No Rio Grande do Sul, um dos principais polos agrícolas do país, a estiagem severa desde de dezembro de 2024 impactou fortemente o desenvolvimento das lavouras. Conforme levantamento divulgado pela Emater/RS-Ascar em fevereiro de 2025, a projeção inicial de 35 milhões de toneladas caiu para 28 milhões de toneladas. Uma perda total de 20,1% na safra gaúcha de verão, considerando culturas como soja, arroz, milho e feijão (primeira e segunda safra).


Esse é mais um capítulo de uma sequência preocupante. Segundo dados da Farsul, entre 2020 e 2024, as estiagens causaram perdas de R$ 117 bilhões diretamente no campo gaúcho. Indústria e serviços conectados à produção agrícola sentiram ainda mais: foram mais de R$ 319 bilhões em impactos econômicos.


E como se não bastasse, o segundo semestre de 2024 trouxe ainda mais dor e prejuízo com as enchentes que atingiram grande parte do território gaúcho. De acordo com a Confederação Nacional de Municípios, os danos nas cidades que decretaram situação de emergência ou estado de calamidade chegaram a R$ 13,1 bilhões - sendo R$ 5,3 bilhões apenas na agropecuária. A Emater/RS aponta que 206 mil famílias de agricultores foram atingidas pelas cheias.


Com a qualidade do solo severamente comprometida e os efeitos da seca ainda recentes, muitas lavouras de soja desta safra não se desenvolveram: as plantas morreram ou formaram vagens sem grãos. Mesmo as áreas que conseguiram ser implantadas não conseguiram recuperar as perdas financeiras, diante de uma combinação crítica entre solo degradado e clima novamente desfavorável.


Esses números falam por si. Eles mostram que o desafio não é apenas manejo adequado - é resistir às oscilações cada vez mais frequentes do clima e garantir a continuidade do negócio rural com inteligência e estratégia.


O campo precisa de inovação, eficiência e diversificação.


Diante desse cenário, a mensagem é clara: diversificar é proteger. Investir em tecnologias que aumentem a eficiência produtiva, adotar práticas sustentáveis e buscar novos caminhos de financiamento são medidas que fortalecem o produtor rural frente às adversidades climáticas e de mercado.


A diversificação é uma das estratégias mais eficazes para reconstruir a estabilidade produtiva no pós-crise. Investimentos em soluções como irrigação, recuperação e correção do solo, uso de bioinsumos, rotação de culturas com espécies adaptadas à realidade climática regional, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), implantação de sistemas fotovoltaicos e ampliação da capacidade de armazenagem na propriedade contribuem para reduzir riscos climáticos e operacionais, além de aumentar a rentabilidade e a autonomia do agricultor.


Somam-se a essas estratégias os investimentos voltados à agroindustrialização e agregação de valor à produção primária. Exemplos incluem a instalação de unidades de processamento para derivados de leite (como queijos artesanais certificados), beneficiamento de grãos e sementes para consumo humano, secagem e padronização de frutas nativas para o mercado de alimentos funcionais, produção de extratos vegetais e óleos essenciais, apicultura tecnificada com rastreabilidade e certificação de origem, além da adequação de propriedades a protocolos de certificação como a produção orgânica, carbono neutro e boas práticas agropecuárias.


Essas soluções não apenas diversificam a renda, como também aumentam a resiliência das propriedades frente às oscilações de mercado e clima - e é exatamente esse tipo de iniciativa que pode ser financiada por meio da plataforma da GiroLend.


Nosso compromisso com o agro gaúcho.


A GiroLend nasce no Rio Grande do Sul, com raízes no solo que hoje mais do que nunca precisa de soluções reais e inovadoras. Embora nossa plataforma tenha vocação nacional e esteja preparada para atender produtores rurais em todo o Brasil, nosso compromisso com o agro gaúcho é primordial. Estamos construindo uma ponte entre produtores que precisam de investimento para retomar suas atividades com mais resiliência, e investidores que acreditam no futuro do agro.


Mais do que nunca, o sucesso no agronegócio exige visão empreendedora. Significa pensar além da próxima colheita. Significa planejar para que sua propriedade esteja preparada para resistir à seca, à chuva fora de hora ou às incertezas do crédito rural e do plano safra.


Aqui na GiroLend, acreditamos que o futuro do agro se constrói com acesso a recursos inteligentes, inovação no campo e responsabilidade com o solo e com as pessoas. Financiamos projetos voltados à eficiência produtiva e à adoção de tecnologias que ajudam o produtor a crescer com sustentabilidade - mesmo em tempos difíceis.


Se a sua propriedade precisa de um novo impulso para atravessar esse cenário desafiador, conte com a gente.


O agro está mudando. E quem lidera essa mudança são os produtores rurais conectados em transformar o hoje para garantir o amanhã.


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